TURISMO É ARTE

Para Jafari, o Turismo como mega indústria é uma atividade que tem tanto de arte como de ciência, sendo o componente hospitalidade sua "arte" ou espírito e o Turismo sua ciência.
Ainda, segundo ele, o Turismo pode ser definido, como o estudo do ser humano fora de seu habitat usual.

CIÊNCIA DO TURISMO

O Turismo é uma ciência?

Muitos não consideram o Turismo como ciência, porém à medida que esta atividade multidisciplinar e sistêmica se desenvolve nas universidades de todo mundo se percebe o grau de avanços nos estudos formulados. Professor Alfredo Ascanio diz que o Turismo é a ciência das viagens. Jafari afirma que com a evolução dos estudos do Turismo chegou-se, sobretudo a partir da década de 90 a uma plataforma científica nos estudos desse fenômeno.
Inevitavelmente chegará o momento de um consenso acerca daquilo que é a ciência que estuda os deslocamentos das pessoas, custará certo tempo até porque essa é uma atividade nova, complexa e dinâmica, mas sem dúvida as dimensões com as quais o Turismo vem ganhando espaço lhe coloca como uma das áreas mais importantes do Século XXI.

Os tipos de benefícios oriundos do Turismo

Os benefícios sociais práticos estão relacionados à disponibilidade das pessoas em realizarem viagens para fora dos seus locais de origem – e os ganhos conquistados por estes -, algo que nos países em desenvolvimento é restrito a uma parcela privilegiada da população e que poderia se transformar em uma das atuações públicas no sentido de projetar os fluxos intracontinentais dessas regiões.
Por sua vez, os benéficos sociais sólidos são aqueles deixados pelo Turismo nas comunidades receptoras, ou seja, todos os que serão beneficiados pela organização da atividade turística num determinado espaço, através da geração de renda e emprego, inclusão social, organização comunitária, educação e serviços públicos amplos e de boa qualidade.

O preço como fator de equilíbrio de um destino

O preço num destino turístico tem um papel fundamental e se relaciona ao fator agregado em torno dele, como atrativos, oferta hoteleira, meios de acessibilidade, elementos diferenciais e segurança. O preço deve ser conseqüência da qualidade do destino, por isso o posicionamento do produto turístico reflete a política de atração de visitantes, não adianta vender peixe sendo isca, nem vender isca sendo peixe; nesse caso exige-se a valorização e boa formatação de cada produto a fim de maximizar os benefícios que podem ser concretos através da atividade turística.

VISÃO DO TURISMO

Abaixo temos a oportunidade de verificar a atualidade de parte do clássico texto – Consumo turístico do renomado especialista suíço Kurt Krapf produzido em 1953.

A capacidade de crescimento do consumo turístico deriva essencialmente de três possibilidades:

a/ Os turistas tendem para serviços cada vez de maior qualidade. Passa da simples pensão ao hotel confortável ao hotel de luxo, o que ocasiona um crescimento dos gastos.

b/ Os turistas podem ir a lugares cada vez mais distantes. A região turística mais próxima deixa de ser adequada a suas exigências. Buscam outras regiões, primeiro na periferia, depois no exterior e mais tarde aspiram a alcançar horizontes cada vez mais longínquos, Egito, América, etc.

c/ Os turistas podem prolongar suas estâncias. As férias são suscetíveis em prolongar-se e de multiplicar-se: em lugar de uma semana se ausentarão durante duas ou mais. Começarão a fazê-lo no verão, logo no inverno e entre ambas as estações podem encontrar alguma oportunidade para viajar na Páscoa ou durante um fim de semana do outono.

Krapf aborda o tema com tanta proximidade que no faz ter a impressão de que o texto é contemporâneo, e não escrito a mais de meio século.